Vejam mais uma homenagem às mulheres no Jornal O Tempo deste domingo (10/03/13). Linda matéria da Lorena Martins.
Um brinde a elas
Se o mundo cervejeiro era restrito aos homens e até um pouco machista, o Pandora entra no clima do Dia Internacional da Mulher para provar que a bebida também é coisa nossa
Enquanto milhares de mulheres escolhem um local para jantar ou procuram uma bela roupa ou joia para se presentear na ocasião, a jornalista Eulene Hemétrio se uniu a um grupo de mulheres para uma degustação de cervejas especiais em comemoração ao Dia Internacional da Mulher, em 8 de março de 2007, evento que foi organizado por uma empresa para a qual prestava serviços de assessoria de imprensa. O encontro foi guiado por nada mais nada menos, que uma mestre cervejeira.
Eulene, antes de se apaixonar no primeiro gole, nunca tinha se interessado pelo assunto na hora de escolher a bebida no restaurante. "Esse encontro abriu um universo que eu nunca tinha imaginado que existisse. Eu e as outras participantes do evento adoramos tanto que começamos a nos reunir mensalmente para tomar cerveja, e nasceu aí a primeira Confraria Feminina de Cerveja, a Confece", contou. Hoje, a jornalista e agora beer sommelier mantém o menucervejeiro.blogspot.com.br para registrar suas impressões após rodadas de degustação do produto.
A história da Eulene é um bom exemplo de que a bebida ganha cada vez mais espaço no universo feminino. E nada de "bons driques". Elas chegam sempre elegantes à mesa de vários endereços da capital, são decididas na escolha e bastante conhecedoras dos rótulos quando o assunto é cerveja. Pedem uma gelada com bastante propriedade e degustam a bebida com prazer.
Coisa de menina
Por mais que uma enxurrada de propagandas tente associar aos homens tomando a garrafa no bico em frente ao futebol na TV, a cerveja tem uma estreita relação com o femino. Afinal, segundo a jornalista Fabiana Arreguy, apresentadora do programa "Pão e Cerveja", da rádio CBN, foram elas (ou melhor, nós!) as primeiras a fabricarem a bebida na história da humanidade.
Apaixonada pelo universo da gelada, a empresária Lícia Vieira, da importadora Gusto, reforça que a bebida fermentada tinha sua produção ligada às mulheres desde o seu surgimento na Mesopotâmia, onde o desenvolvimento da cerveja se deu. "Os homens caçavam e trabalhavam enquanto as mulheres cozinhavam", disse.
"A cerveja, provavelmente, é fruto de um dos mingaus feitos de água e grãos que, esquecidos em um pote, fermentaram naturalmente gerando uma bebida que matava a fome e deixava a tribo alegre", explica Fabiana Arreguy, que, curiosamente, participou com Eulene do mesmo evento da degustação.
A história de "amor no primeiro gole" não podia ser diferente: Fabiana permaneceu dois anos na Confece e abandonou a confraria (e não a paixão pela bebida) para se dedicar também na sua formação de produção caseira, curso que fez na Alemanha para abrir, em 2012, a Academia Sommelier de Cervejas, sociedade junto com mestre cervejeiro Marco Falcone. E, mesmo assim, ainda acredita que muitos homens provavelmente devem estranhar uma mulher falar com tanta propriedade sobre as cervejas.
Eulene, antes de se apaixonar no primeiro gole, nunca tinha se interessado pelo assunto na hora de escolher a bebida no restaurante. "Esse encontro abriu um universo que eu nunca tinha imaginado que existisse. Eu e as outras participantes do evento adoramos tanto que começamos a nos reunir mensalmente para tomar cerveja, e nasceu aí a primeira Confraria Feminina de Cerveja, a Confece", contou. Hoje, a jornalista e agora beer sommelier mantém o menucervejeiro.blogspot.com.br para registrar suas impressões após rodadas de degustação do produto.
A história da Eulene é um bom exemplo de que a bebida ganha cada vez mais espaço no universo feminino. E nada de "bons driques". Elas chegam sempre elegantes à mesa de vários endereços da capital, são decididas na escolha e bastante conhecedoras dos rótulos quando o assunto é cerveja. Pedem uma gelada com bastante propriedade e degustam a bebida com prazer.
Coisa de menina
Por mais que uma enxurrada de propagandas tente associar aos homens tomando a garrafa no bico em frente ao futebol na TV, a cerveja tem uma estreita relação com o femino. Afinal, segundo a jornalista Fabiana Arreguy, apresentadora do programa "Pão e Cerveja", da rádio CBN, foram elas (ou melhor, nós!) as primeiras a fabricarem a bebida na história da humanidade.
Apaixonada pelo universo da gelada, a empresária Lícia Vieira, da importadora Gusto, reforça que a bebida fermentada tinha sua produção ligada às mulheres desde o seu surgimento na Mesopotâmia, onde o desenvolvimento da cerveja se deu. "Os homens caçavam e trabalhavam enquanto as mulheres cozinhavam", disse.
"A cerveja, provavelmente, é fruto de um dos mingaus feitos de água e grãos que, esquecidos em um pote, fermentaram naturalmente gerando uma bebida que matava a fome e deixava a tribo alegre", explica Fabiana Arreguy, que, curiosamente, participou com Eulene do mesmo evento da degustação.
A história de "amor no primeiro gole" não podia ser diferente: Fabiana permaneceu dois anos na Confece e abandonou a confraria (e não a paixão pela bebida) para se dedicar também na sua formação de produção caseira, curso que fez na Alemanha para abrir, em 2012, a Academia Sommelier de Cervejas, sociedade junto com mestre cervejeiro Marco Falcone. E, mesmo assim, ainda acredita que muitos homens provavelmente devem estranhar uma mulher falar com tanta propriedade sobre as cervejas.
Clarisa Mendes, Lígia de Matos,Jaqueline Oliveira, Juliana Pimenta e Lícia Vieira, da Confece, vem provar a cada dia que a cerveja não é coisa só de homem
Mulher de história
Já sabemos que tem muita mulher bebendo cerveja. Mas tem ainda muito mais mulher fazendo a própria cerveja. E isso, por incrível que pareça, não é novidade. Na Idade Média, a produção de cerveja não só era destinada às mulheres como era obrigatoriedade que os equipamentos utilizados na fabricação fossem propriedades exclusivas delas. Por isso, os utensílios para produzir cerveja faziam parte do enxoval das noivas. E não parou por aí: Foi uma mulher que adicionou lúpulo pela primeira vez.
Mesmo assim, nada de afirmar que o paladar de mulherzinha só permite que as moças gostem de opções doces, levinhas ou rótulos cor-de-rosa, embora estes ainda sejam os preferidos de muitas delas.
Têm opções amargas, mais encorpadas e com grande teor alcoólico que vêm ganhando o coração da mulherada. "Os rótulos diferentes e especiais fizeram com que as mulheres se interessassem mais e tivessem mais opções de preferência por outros tipos de cerveja", diz Lícia Vieira da importadora Gusto.
Para provar, a Confraria Feminina de Cerveja (Confece) comemorou, ontem, dia 9, seu aniversário de 6 anos. As dez meninas do grupo prometem muito mais encontros para comparar e apreciar diferentes rótulos, de preferência em bares com boas cartas de cerveja. E ainda sobra um tempo para fazer outras atividades de que gostam: conversar muito e se divertir. "Cada mulher da confraria tem uma profissão diferente, idades diferentes, e sempre estamos juntas em eventos do assunto, é uma relação ótima, unida pela cerveja", brinca. (LM)
Mesmo assim, nada de afirmar que o paladar de mulherzinha só permite que as moças gostem de opções doces, levinhas ou rótulos cor-de-rosa, embora estes ainda sejam os preferidos de muitas delas.
Têm opções amargas, mais encorpadas e com grande teor alcoólico que vêm ganhando o coração da mulherada. "Os rótulos diferentes e especiais fizeram com que as mulheres se interessassem mais e tivessem mais opções de preferência por outros tipos de cerveja", diz Lícia Vieira da importadora Gusto.
Para provar, a Confraria Feminina de Cerveja (Confece) comemorou, ontem, dia 9, seu aniversário de 6 anos. As dez meninas do grupo prometem muito mais encontros para comparar e apreciar diferentes rótulos, de preferência em bares com boas cartas de cerveja. E ainda sobra um tempo para fazer outras atividades de que gostam: conversar muito e se divertir. "Cada mulher da confraria tem uma profissão diferente, idades diferentes, e sempre estamos juntas em eventos do assunto, é uma relação ótima, unida pela cerveja", brinca. (LM)
Loiras, morenas e ruivas vão ao coquetel
Deborah Couto e Silva
Especial para O Tempo
O espumante que se cuide. A cerveja anda frequentando alguns dos melhores coquetéis da cidade e tem se saído muito bem. Segundo Agnes Farkasvölgyi, chef e proprietária do bufê Bouquet Garni, de Belo Horizonte, as cervejas especiais são mesmo as que mais atraem a ala das mulheres. "As de trigo, as pretas e até as pilsen são as favoritas em casamentos e festas corporativas, nos quais aproximadamente 25% dos convidados consomem as geladas", diz. Agnes lembra que há cerca de duas semanas atendeu a uma demanda para um encontro de mulheres regado apenas a cervejas especiais. "Nesse caso, recomendo que sejam servidos no máximo quatro tipos. Se forem oferecidos mais que isso, as pessoas deixam de saber o que estão tomando", afirma.
Delicadeza feminina
Notas frutadas, rótulos especiais, mimos extras na embalagem, tudo é permitido para encantar o paladar e os olhos da consumidora. O produtor de eventos André Carvalho cita estes fatores como determinantes para que o público feminino se interesse pelas geladas. "Frescurinhas", como a beleza do rótulo e a sofisticação na hora de servir, fazem toda a diferença", diz. Os novos sabores também são diferenciais.
"As mulheres não costumam gostar do sabor amargo da cerveja. Por isso, as mais leves, que têm frutas ou algo adocicado na formulação, são as mais pedidas. Se a cerveja for sofisticada e tiver sabor de fruta, por exemplo, o sucesso é garantido", ressalta.
André sugere a marca belga (vêm da Bélgica as mais badaladas da vez) Liefmans para um evento com a presença de mulheres. "Ela parece champanhe, tem suco de cereja na formulação e é servida em taça, com uma pedra de gelo. É visualmente incrível e muito refrescante. As mulheres costumam adorar", indica.
Outra belga de sucesso é a Delirium Tremens. Uma trippel, considerada a melhor do mundo, tem um mimoso elefante cor de rosa no rótulo e 8,5% de teor alcoólico. Nome e rótulo vêm da "lenda" de que a bebedeira dessa cerveja causa delírios com elefantes rosas. Quem quer tentar?
A La Guillotine (foto), da mesma empresa da Delirium Tremens, tem sabor adocicado e, como o nome sugere, uma guilhotina no rótulo. Também servida em taça, tem teor alcoólico considerado alto (8,5%). A cervejaria produz ainda rótulos como a Floriz Apple, com sabor de maçã, e a Blanche de Neige (Branca de Neve), com coentro e curaçao.
A produção nacional também anda acompanhando a tendência e fazendo bonito na fabricação de rótulos com apelo feminino. Fabricada em Ribeirão Preto (SP), a Colorado leva mel de laranjeira entre seus ingredientes, atenuando seu sabor amargo, além de ter um gracioso ursinho em seu rótulo. A Eisenbahn Lust passa pelo método champenoise, o mesmo processo da fabricação do champanhe, além de ter a embalagem igualzinha à da bebida. Já a Amazon Beer, fabricada em Belém, é fermentada com raízes, frutas e sementes amazônicas. As mulheres andam acompanhando bem os homens em suas cervejinhas; mas o paladar feminino, continua sem dúvida, tão exigente quanto sempre foi. Ainda bem.
Delicadeza feminina
Notas frutadas, rótulos especiais, mimos extras na embalagem, tudo é permitido para encantar o paladar e os olhos da consumidora. O produtor de eventos André Carvalho cita estes fatores como determinantes para que o público feminino se interesse pelas geladas. "Frescurinhas", como a beleza do rótulo e a sofisticação na hora de servir, fazem toda a diferença", diz. Os novos sabores também são diferenciais.
"As mulheres não costumam gostar do sabor amargo da cerveja. Por isso, as mais leves, que têm frutas ou algo adocicado na formulação, são as mais pedidas. Se a cerveja for sofisticada e tiver sabor de fruta, por exemplo, o sucesso é garantido", ressalta.
André sugere a marca belga (vêm da Bélgica as mais badaladas da vez) Liefmans para um evento com a presença de mulheres. "Ela parece champanhe, tem suco de cereja na formulação e é servida em taça, com uma pedra de gelo. É visualmente incrível e muito refrescante. As mulheres costumam adorar", indica.
Outra belga de sucesso é a Delirium Tremens. Uma trippel, considerada a melhor do mundo, tem um mimoso elefante cor de rosa no rótulo e 8,5% de teor alcoólico. Nome e rótulo vêm da "lenda" de que a bebedeira dessa cerveja causa delírios com elefantes rosas. Quem quer tentar?
A La Guillotine (foto), da mesma empresa da Delirium Tremens, tem sabor adocicado e, como o nome sugere, uma guilhotina no rótulo. Também servida em taça, tem teor alcoólico considerado alto (8,5%). A cervejaria produz ainda rótulos como a Floriz Apple, com sabor de maçã, e a Blanche de Neige (Branca de Neve), com coentro e curaçao.
A produção nacional também anda acompanhando a tendência e fazendo bonito na fabricação de rótulos com apelo feminino. Fabricada em Ribeirão Preto (SP), a Colorado leva mel de laranjeira entre seus ingredientes, atenuando seu sabor amargo, além de ter um gracioso ursinho em seu rótulo. A Eisenbahn Lust passa pelo método champenoise, o mesmo processo da fabricação do champanhe, além de ter a embalagem igualzinha à da bebida. Já a Amazon Beer, fabricada em Belém, é fermentada com raízes, frutas e sementes amazônicas. As mulheres andam acompanhando bem os homens em suas cervejinhas; mas o paladar feminino, continua sem dúvida, tão exigente quanto sempre foi. Ainda bem.
Um comentário:
Adorei o post! Cerveja não é coisa de Homem! Pelo contrário, eramos nós as responsáveis por fabricar as cervejas antigamente!
=)
O Dia Internacional da Mulher foi regado de muitas cervejas especiais!!!
Beijooos!
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